O Brasil tem uma rica tradição de comida de rua, e se você é fã de salgadinhos fritos crocantes e saborosos, terá muito o que esperar quando visitar. Um deleite clássico que vale a pena procurar é acarajé, uma especialidade do estado nordestino da Bahia – um bolinho salgado feito de feijão fradinho descascado, moído e temperado que é dividido ao meio e recheado com recheio, tipicamente um rico ensopado de frutos do mar. Tradicionalmente feito e vendido em pequenas barracas de rua, o acarajé é uma refeição rica – para quem come mais leve, estará mais perto de um almoço completo do que de um lanche entre as refeições.
Para os baianos, o acarajé não é apenas um deleite querido, mas um importante ponto de contato cultural — tanto que, em 2012, foi declarado patrimônio cultural do Brasil, segundo a Centro Wilson. O prato tem suas raízes no início da história brasileira quando mulheres escravizadas em algumas áreas faziam e vendiam alimentos e outros itens em nome de seus senhores. Esse arranjo de trabalho, no entanto, também lhes deu a liberdade de fabricar e vender itens para seu próprio benefício. Entre esses itens estava o acarajé, prato com raízes africanas cujo nome vem da frase iorubá “comer uma bola de fogo”. Hoje, o prato continua a ser feito e vendido com orgulho por mulheres afro-brasileiras e é tão profundamente reverenciado que a receita é considerada sagrada – modernize ou use-a por sua conta e risco.